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Cannes Lions

20 A 24 DE JUNHO DE 2022


26 de junho de 2021 - 10h35

Cannes 2021 foi demais. Nunca se viu tanta verdade. A pandemia, as causas de gênero e raça, dominaram o festival. A comunicação serviu lindamente o seu maior propósito de materializar e trazer para o grande público os debates, os alertas, as homenagens àqueles que se dedicam, que se doam, que entendem, que batalham, que sofrem, e que vencem também, por que não?

Vestindo aqui a camisa da parte que “materializa” como mencionei no parágrafo anterior, trago verdades sobre a produção audiovisual em tempos de reinvenção. Tivemos que nos reinventar como nunca. Vi muito nas produções de Cannes este ano, uma linguagem documental, inclusiva e envolvente. Vi menos superproduções com milhares de pessoas no elenco, locações maravilhosas e pós-produções fantasiosas. Mas sim, vi a câmera na mão, a produção nas ruas e a pós-produção a serviço da simplicidade, para ilustrar, desenhar, reforçar a verdade. Fazer-se claro nunca foi tão importante.

Como uma produtora de filmes, posso dizer que não foi fácil e não vem sendo fácil. Mas vem sendo muito gratificante e desafiador. Vem mostrando nosso crescimento, vem reforçando nossos propósitos, vem endurecendo nossa casca. Criando caráter. É como diria o profeta da pancadaria Rocky Balboa — não importa o quanto você bate, mas sim o quanto aguenta apanhar e continuar. E continuamos prontos para a briga. Prontos pra contar boas histórias e encher os olhos das pessoas como encheram os meus nesses cinco dias de festival.

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