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Cannes Lions

20 A 24 DE JUNHO DE 2022


25 de junho de 2021 - 11h47

Nos últimos dias, de tudo que vi no que o mundo reconhece como a melhor publicidade, uma coisa me chamou a atenção: a quantidade de ideias premiadas que buscam resolver uma questão social. Apresentam uma solução que, além de ser criativa, usa a empatia para solucionar problemas. Esse merge da responsabilidade social e do marketing é um caminho fundamental para mudar a estrutura do sistema. -E a nata da nata do que é feito nesse sentido é, além de consciente, bonito de se ver.

Claro que ainda existe uma coisa chamada cause washing, e claro que a geração Z é a que está mais vacinada contra isso. Por isso torço para que eu e as bilhões de pessoas que deram views para essas campanhas não estejam sendo enganadas por um processo de faz-de-conta-que-a-gente-se-importa quando:

A Mastercard cria um cartão que dá a pessoas trans e não binárias a possibilidade de escolher seu nome no cartão. Essa linda campanha chamada True Name.

A Woojer e a Claire’s Place Partners criam o Sick Beats, para balançar os corações e pulmões de crianças com fibrose cística.

A Unilever cria o desodorante Degree, feito para pessoas com deficiência visual ou motora das partes superiores.

O Act for Food gera o compromisso público do Carrefour em abandonar o uso de pesticidas e substâncias “questionáveis”, apoiar a agricultura orgânica.

E a AKQA cria “O Código da Consciência” para ajudar a conter o absurdo desmatamento da nossa floresta Amazônica (que é o maior dos último 12 anos).

Ando meio desanimada com a lenta evolução da nossa raça, mas vejo a luz dessas campanhas. Olho nos olhos dos meus filhos, peço perdão e lembro de Leonard Cohen, que evoco aqui: “There is a crack in everything. That’s how the light gets in.”

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