25 de junho de 2021 - 11h54

Há uma certa parcela de adultos que saiu da maternidade praticamente com um smartphone na mão. A chamada geração Z, inegavelmente, vem mudando o jogo na comunicação. Mas quem tem medo desse público? Se pensarmos do ponto de vista da criatividade, a resposta é simples: quem não está pronto para se adaptar.
Basta dar uma volta pelo Palais digital desta edição do Cannes Lions, e não é difícil esbarrar em palavras como imersão, conectividade, cocriação, AR, UX, enfim, uma infinidade de termos e siglas a serviço da criatividade para criar experiências que cativem a genZ.

Cada vez mais, nós que trabalhamos com conteúdo, temos o desafio de criar, desenvolver, conectar, converter e encantar essa legião de novos consumidores acostumados a ver, mas mais preocupados em fazer parte. A missão de gerar conversas, de transferir a autoridade das marcas para as pessoas e redefinir o storytelling, que agora é colaborativo.

Se você quiser encontrar um bom resumo do que eu trouxe aqui, vale dar um pulo na plataforma do festival e assistir à palestra de Leon Chen, VP de Marketing da iQIYI. O cara por trás da gigante chinesa de vídeos on demand listou quatro pilares que considera fundamentais para pensar o entretenimento para essa geração: experiências imersivas, interação verdadeira, conexões emocionais profundas e co-criação. Palavras para anotar e refletir sobre os rumos de uma nova era para a comunicação, que está apenas começando.

Chen chancela sua teoria com cases que seriam inimagináveis até pouco tempo. Audiência dirigindo shows online, acessando bastidores e ouvindo as conversas dos artistas em tempo real. Uma avalanche de tecnologia, ousadia e boas ideias (sem elas, nada feito).

Usar a tecnologia para incluir e aproximar em meio a distâncias. Como dizem por aí: é sobre isso. As marcas que quiserem se manter vivas, vão precisar aprender a criar experiências. É Isso ou entrar para a lista de coisas “cringe” da geração Z.