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Cannes Lions

20 A 24 DE JUNHO DE 2022


24 de junho de 2021 - 10h21

“Data artisitry”. Algo como artesanato com dados ou arte com dados. Foi assim que o presidente do júri, Maurice Riley, definiu a categoria de Creative Data. Uma forma muito interessante de pensar que me deixou intrigado.

Serão dados uma matéria-prima que pode ser lapidada através da técnica para exprimir sentimentos? Um profissional pode se dedicar a alcançar a maestria das técnicas para brincar com estilos e transmitir mensagens poderosas de forma simples ou altamente elaboradas?

Vamos olhar alguns cases premiados esse ano e ver o que concluímos. Começando pelo Grand Prix: Saylists. O projeto ajuda crianças a melhorarem sua dicção de forma divertida, encontrando nas letras das músicas os sons que elas precisam repetir diversas vezes para treinar. Claramente funcional. Ao mesmo tempo, torna o exercício divertido para as crianças, enquanto cria uma conexão emocional com pais e mães.

Já For Seasons faz uma releitura de As Quatro Estações de Vivaldi usando inteligência artificial para calcular o impacto da mudança climática no desequilíbrio das estações. Ao alterar matematicamente os instrumentos e suas melodias, causa estranheza e desconforto. Aqui, a emoção gera a função: levar as pessoas a agir.

Por último, o Code of Conscience dos amigos da AKQA São Paulo usa GPS e dados de áreas de proteção ambiental para desligar automaticamente máquinas agrícolas que estejam operando onde não deviam. Empresas preocupadas com preservação podem assim ficar seguras de que seus fornecedores estão trabalhando de forma correta e tranquilizar também seus consumidores.

Dados são informações. Como tal, sempre tiveram função. Mas o insight de Maurice Riley nos mostra que eles também podem ter forma. Assim como redatores são artesãos de palavras e diretores de arte são artesãos de imagens, quem se dedicar ao artesanato de dados pode desbravar um novo campo criativo.

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