21 de junho de 2021 - 11h09

Vontade de encontrar amigos e colegas de trabalho com um rosé na mão? Muita.

Mas digo que, do quentinho de casa e não da Croisette, vai bem também, até porque se a palestra estiver ruim, mudar de sala vai ser fácil e sem filas.

Com essa nova realidade, sejamos otimistas em meio ao caos: acredito que teremos um festival mais democrático.

Além disso, conversando com uma amiga jurada e sabendo da quantidade de peças que ela avaliou, também fiquei pensando em quem julgou os trabalhos (parabéns gente, devem ter sido dias animados analisando 2020/2021 e sabendo que, nesse contexto pandêmico, é fácil sermos engolidos pelo home office), no conteúdo que viram, peças pré-pandemia e peças da pandemia. E aí, puxando a sardinha aqui para o meu lado, não tem como não falar da produção de filmes. Vivemos o momento das gravações remotas com valores de produção muito baixos, onde os conteúdos tinham que ser muito bons para causar impacto. Será que foram?

Apesar dessas limitações, ainda falando sobre conteúdo, o mundo caminhou lindamente (apesar de um pouco atrasado, mas seguimos) nesses últimos anos, trazendo pautas importantes para a publicidade, como racismo e diversidade. Essas, sim, acredito estarem sendo mostradas com um cuidado maior. Em um papo com meu colega Heitor Caetano aqui da Surreal, entendemos que a pandemia ascendeu algumas dessas pautas, ainda mais em um contexto em que movimentos como Black Lives Matter ganharam maior projeção, influenciando as marcas a participarem dessas conversas e se posicionarem com profundidade. Espero que essa chama continue acesa nos próximos anos.