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Cannes Lions

20 A 24 DE JUNHO DE 2022


20 de junho de 2021 - 12h11

Se por um lado devemos celebrar e reconhecer a criatividade, seja de um simples lampejo de originalidade no chuveiro ou do trabalho duro de meses. Por outro, me angustia comemorá-lo sem reflexão. Me incomoda o escapismo da celebração frente a uma guerra despropositada, na qual milhões de pessoas morreram em vão.

Vivemos um momento no qual apenas quem viveu um estado de guerra teve a infelicidade de passar. Os investimentos caíram e as oportunidades se foram junto com o ânimo. Quem esteve animado neste luto merece um remédio, não um prêmio. Cannes deste ano será o reflexo disso que o mundo viveu e no qual o Brasil se esforça em não deixar passar.

Espero ver reconhecidas soluções reais para o maior problema em escala global que o Cannes Lions já vivenciou. Ideias que buscaram limitar o contágio, que educaram sobre ficar sem sair de casa, que empoderaram discursos, que contribuíram com negócios locais, com artistas, inovações de produto e etc.

Resultados que promoveram mudanças reais, que iniciaram uma atitude positiva, que nos inspiraram a propagar o que há de melhor em nós. Desta vez, não cabe uma articulação de palavras ou apenas um número de impressões pagas para garantir que o case foi um sucesso.

Cannes foi e sempre será uma inspiração e deve deixar isto marcado em sua história, como reflexo do pensamento de pessoas únicas, que sabem, como poucas, articular as necessidade globais com objetivos de negócio.

O festival deve ser o objetivo a ser alcançado por esta profissão, mas não pode deixar passar a mensagem de que enquanto uns choram outros são premiados por vender lenços.

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