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20 A 24 DE JUNHO DE 2022
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País conquistou 2 Bronzes em Creative Commerce e não foi premiado nas áreas que celebram efetividade e solidez das ideias criativas
Bárbara Sacchitiello
22 de junho de 2022 - 16h00
O pilar Creative, que abrange as categorias Creative Commerce, Creative Strategy, Creative Business Transformation e Creative Effectiveness, teve um desempenho bem tímido do Brasil.
Ao todo, o País conquistou 2 Bronzes – ambos na categoria Creative Commerce. Um deles foi para o case “A gente banca”, da VMLY&R e Suno para o Santander e o outro para “Black Business Beats”, do Mercado Livre para a GUT.
Nas demais categorias do pilar – Creative Effectiveness, Creative Strategy e na estreante Creative Business Transformation – o País não conseguiu troféus.
Tecido de abacaxi e projeto de ciclismo com presidiários
As categorias da área Creative escolheram cases diversos do mundo como ganhadores do Grand Prix. Em Creative Commerce, o primeiro grande prêmio da história da categoria foi entregue à Leo Burnett de Chicago, nos Estados Unidos, pelo trabalho “Thighstop”. O case transformou temporariamente o negócio da rede de fast food Wingstop, dos Estados Unidos, especializada em asas de frango. Por conta dos altos preços e da mudança das demandas do item ocorrida na pandemia, a marca investiu em um novo corte e criou a operação virtual da “Thighstop”, para comercializar coxas de frango.
Em Creative Strategy, o trabalho premiado com Grand Prix foi “The Breakaway: The First Ecycling team for prisioners”, feito pela BBDO da Bélgica para a Decathlon. A marca formou um time de competidores de ciclismo indoor com prisioneiros de uma penitenciária do país, convidando os usuários a acompanharem o desempenho e se engajarem na atividade física junto ao grupo. A ideia era combinar uma mensagem social com convite à prática esportiva.
O Grand Prix de Creative Business Transformation foi dado ao case “Pinatex”, da L&C, de Nova York, para a Dole Sunshine Company e Ananas Anam. O trabalho criou um novo modelo de negócio para a distribuidora de abacaxis, transformando os talos retirados do fruto em um tecido utilizado em roupas e acessórios, o Pinatex.
E a proposta da cerveja Michelob Ultra de firmar contratos de produção sustentável com fazendeiros dos Estados Unidos, dos quais comercializa a matéria prima de suas bebidas, que havia conquistado prêmios na edição do ano passado do Festival, voltou à tona em Creative Effectiveness, categoria que avalia os trabalhos que mais geraram resultados.
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