27 de junho de 2022 - 10h55

Minha primeira vez em Cannes e posso dizer que fiquei encantada com a atmosfera que o festival cria na cidade. Tudo respira criatividade, cor, marca e é uma experiência de brilhar os olhos para qualquer pessoa que trabalha ou estuda marketing. Desde que eu cheguei, fiquei pensando como seria o depois, uma ansiedade por executar, colocar em prática e repassar o que eu estava vivendo ao longo dos dias e é isso que eu trago nesse texto: Os compromissos que eu quero levar após o festival.

O primeiro deles e talvez o mais óbvio, seja o de diversidade. Foram muitas palestras e provocações sobre o tema e sobre como esse tópico ainda é abordado de forma rasa. O ponto aqui vai ser mergulhar fundo e sair do discurso para a prática.

Como disse Lupita em uma palestra indefectível: “É importante não só indicar e nomear as coisas, como normalizá-las, porque eu não passo o dia pensando na minha diversidade. Eu tenho minha perspectiva humana e eu aprecio quando minha humanidade não é tirada da representação do meu demográfico”.

Segundo ponto: Storytelling – sob diferentes aspectos, variando os meios e tudo mais, a arte de contar uma história ganhou o palco em inúmeras palestras no Lumiere Theatre e fora dele. Aqui passa por narrativas com o consumidor no centro, por histórias reais e também por uma construção de acordo com a plataforma (o mantra: não replicar conteúdos e sim criar conteúdos nativos)

Falando em plataformas, esse foi o ano do Tiktok no festival, o app foi citado na maioria das conversas com destaque para a disrupção que ele trouxe pra um mercado, até então, estável e aqui fica o recado para as marcas que desejam falar com a Geração Z, você precisa estar lá. E não é apenas presença, é utilizando os creators da plataforma, se apropriando das conversas emergentes no app e criando de forma bem específica. Eu já me sinto com um grande dever de casa aqui rsrs.

Puxando o gancho da gen z, nossos atuais/futuros consumidores, o desafio é grande. Segundo a WGSN, eles vão ditar as tendências nos próximos anos e vem transformação por aí. A geração Z é engajada, é revoltada com questões políticas e de sustentabilidade e muito mais atenta ao papel das marcas nesse ecossistema. Por isso, aqui o convite é: marcas se aprofundem nos temas que vocês desejam entrar, senão a conexão não vai ser verdadeira e você ainda corre o risco de ser cancelado.

No final, o maior sentimento é um chamado pra ação, sobre como a criatividade pode resolver desde um problema de negócio, até ajudar a Ucrânia a se reerguer. Como se trata de um festival criativo em geral, estendo esse chamado para toda a área de marketing e comunicação, seja negócio, criação, redes sociais, mídia, produto e várias outras vertentes desse universo, todos podemos ser criativos no nosso dia a dia e endereçar da melhor forma os desafios atuais.

É pra todo mundo. Vamos nessa fazer história?