24 de junho de 2022 - 11h40

Após dias intensos, energizantes e repletos de ideias, reencontros e planos futuros, Cannes chega ao fim com uma cerimônia de premiação que nos proporcionou um momento especial. Em um Teatro Lumière lotado, muitos trabalhos criativos foram aplaudidos e comemorados em alto e bom som, mas teve um momento único, que todo o teatro se levantou para aplaudir, durante muito tempo, Malala Yousafzai, a mais jovem ganhadora do Prêmio Nobel da história, e que recebeu o Prêmio LionHeart 2022, ao vivo. Ovacionada pelo público presente, sua coragem e o trabalho que ela segue construindo são, sem dúvidas, para serem aplaudidos de pé, além de emocionar muito. Uma homenagem de Cannes e, de certa forma, da indústria, que também traz muita criatividade para causas que geram um impacto concreto para além dos prêmios.

Sei que temos ainda um longo caminho a percorrer e, certamente, levará tempo e ainda esbarraremos em muitos questionamentos. Mas senti, em muitos momentos durante a semana, que algo está acontecendo e que a indústria está cada vez mais convencida de que tem um papel importante a desempenhar e para contribuir com sua criatividade e compromisso com causas que busquem transformar realidades, mesmo que às vezes pareça utópico.