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Cannes Lions

20 A 24 DE JUNHO DE 2022


13 de junho de 2016 - 13h46

A proximidade do maior festival de criatividade publicitária me fez pensar na gente: os criativos.

Quando comecei na profissão, 22 anos atrás, a criação era como o Olímpio, cheio de deuses que eram reverenciados pelo resto dos mortais que trabalhavam em volta da gente.

Concorrências eram ganhas com o nosso trabalho, nossos salários eram bem maiores que os do resto da agência e, em alguns lugares, não se permitia nem que outros departamentos entrassem no recinto sagrado das duplas.

Enfim, éramos “Os” mais importantes.

Mas os anos dourados acabaram (musica triste ao fundo)

Conheço muita gente saudosa desse momento. Como não estar?

Mas melhor que chorar as pitangas, vamos entender o que aconteceu.

Será que a grande ideia não tem o mesmo valor? Acho que não.
Acho que a grande diferença é que a ideia de hoje não vem mais exclusivamente dos diretores de arte e redatores.

Execuções digitais, com desenvolvimento, incluem muitos outros departamentos e a ideia é só o comecinho do processo. Arrisco dizer que a execução é 70% do sucesso da ação.

E tem mais gente na ficha que não é só o pessoal de tecnologia. As novas ferramentas de pesquisa como social listening e os veículos parceiros como Facebook, Google e Twitter deram ferramentas para Mídia e o Planejamento colocarem ideias na mesa. E digo mais: já aprovadas na pesquisa.

E agora José? Não vamos reagir?

Não adianta mais sermos apenas bons criativos. O job complicou. E não dá só pra virar a noite e resolver essa. Temos que ser tecnólogos, gestores, políticos, apresentadores e pessoas de negócios.

Se eles aprenderam o nosso, vamos aprender o deles.
Criação 2.0: tá mais do que na hora de botar esse job na mesa.

Tenho um monte de ideias. Mas não consigo fazer esse movimento sozinha.

Vamos falar disso em Cannes?

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