10 de junho de 2016 - 10h26

Ao longo de 20 anos no marketing da Natura, que incluem uma temporada de dois anos em Paris, tive inúmeras oportunidades para participar do Festival de Cannes. Mas, por alguma razão, isso nunca aconteceu. Parece que chegou o momento. E em boa hora.

A cada ano, a comunicação passa por mudanças cada vez mais profundas, resultado de uma sociedade em transformação, que muda sua forma de se relacionar com a informação. A publicidade vai ao encontro do branded content. O digital dilui fronteiras e se consolida como o grande meio interação e consumo de entretenimento e notícia. Relevância é a palavra-chave em tempos de tanta saturação de mensagens. Tem momento melhor do que este para ir a Cannes?

Para mim, a principal atração será ver o que o Brasil, sempre no ranking dos Top 5 premiados e com inúmeros profissionais criativos, tem feito para dar um passo corajoso na evolução do seu modelo de negócios e remuneração.

O festival tem mostrado e feito provocações importantes tanto para meios, quanto para agências e anunciantes. Se já somos criativos em trinta segundos, imaginem quando avançarmos para formatos, meios e conteúdos (patrocinados ou não) que extrapolem as possibilidades de conexão com o público para além da emoção. O desafio será nos conectarmos por causas que poderão contribuir para construirmos um mundo melhor.

O Brasil, com tudo o que vivemos agora, é solo fértil para colocarmos em prática tudo isso.

A trés bien tôt.