Bárbara Sacchitiello
21 de junho de 2018 - 15h05

Território dominado pelas agências de publicidade, o Festival de Cannes está tendo de abrir espaço às consultorias. Pela primeira vez, um Grand Prix será entregue a uma das empresas do setor. A Rothco, agência de Dublin, na Irlanda, que passou a ser parte da Accenture Interactive de Dublin em dezembro de 2017, ganhou a preferência do júri de Creative Data ao criar, para o jornal The Times, uma inteligência artificial que conseguiu fazer um ousado trabalho: construir, através de dados, o discurso que seria proferido pelo presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, para o qual ele se dirigia quando foi assassinado por um tiro.

Entrantes no universo da comunicação – e já disputando com grandes agências as verbas de publicidade de grandes marcas em todo o mundo – as consultorias ainda não tinham conseguido a consagração máxima que um trabalho pode ter em Cannes. O trabalho vencedor do Grand Prix mereceu elogios do presidente do júri de Creative Data, Marc Maleh, diretor global da Havas. “Essa categoria envolve muitos detalhes e um estudo aprofundado de várias etapas da aplicação da tecnologia à ideia. Esse trabalho conseguiu recriar um momento histórico fazendo uso de uma forte inteligência de dados”, comentou Maleh.  Veja o case:

Brasil
Na categoria, que avalia a forma criativa como as empresas trabalham os dados, o País ganhou um Bronze com o case “Next”, que a R/GA criou para a construção da interatividade do banco digital do Bradesco.