22 de junho de 2018 - 17h18

Terminou o terceiro dia de Cannes e, seguindo meu texto inicial de marinheiro de segunda viagem, eu já tenho bagagem suficiente para comparar o ano passado com este.

Uma mistura de entusiasmo com decepção. Entusiasmado com o mercado, que no meu ponto de vista, está bastante agitado com os resultados. Esse é um ponto muito legal do Festival. Você nunca sabe o que esperar do ano seguinte e se surpreende sempre – agora posso falar, pois já tinha lido sobre isso e hoje, com dois anos de Festival, tenho a mesma sensação. Além do network, é claro. Você está nos lugares onde todos estão e muito acontece na sua frente, sem pretensão. Você ouve e absorve. Fica claro no bate-papo com alguns figurões do mercado e com os resultados que saem a cada dia, que algumas agências não estão performando tão bem quanto o ano passado. Será pelo novo regulamento de categorias do Festival? Ou pela queda de 29% das inscrições?

A minha decepção fica por conta do critério e pouco destaque para o mercado das agências independentes. Pouca gente sabe o que está acontecendo na premiação com a “extinção dos leões”. E se as grande agências estão com dificuldade para entender, imagina as independentes?

Cases podem ter causa e criatividade (assunto do meu primeiro texto), mas ter grandes marcas por trás é um grande empurrão. Assim como fazer partes de grandes grupos, investimento nos cases e conhecer muita gente. O ponto aqui não é aquele típico papo que divide as pequenas das grandes e, sim, abrir os olhos do Festival e ampliar a discussão. Trazer todas as agências para o Festival, sejam elas independentes de grupos ou pertencentes. Afinal de contas, todos ganham com essa aproximação.

Estou curioso para saber os números das agências independentes e os resultados conquistados por elas. Agora, respondendo a pergunta do título: sim, Cannes Lions 2018 está melhor do que a minha primeira vez!