Bárbara Sacchitiello
20 de junho de 2018 - 15h29

Personagem simboliza o corrupto brasileiro com base em dados extraídos de notícias da política nacional (Crédito: Reprodução)

A Inteligência artificial criada pela Ogilvy para representar o político corrupto brasileiro agradou muito os jurados de Digital Craft. Com informações coletadas das reportagens e estudos feitos pela revista Forbes, a agência, com apoio da Nexo, construiu o Ricky Brasil, personagem fictício que reúne os estereotipos resultantes da média dos corruptos brasileiros e que, graças à Inteligência Artificial, é capaz de falar – e principalmente de tentar defender sua suposta idoneidade.

O case conquistou um Leão de Bronze e um de Ouro na categoria e era um dos selecionados para entrar na discussão do Grand Prix, o prêmio máximo de cada categoria, segundo Saulo Rodrigues, diretor executivo de criação da R/GA. “Todo mundo adorou a proposta da agência, de tocar no assunto da corrupção do Brasil de forma tão inovadora. A escolha do meio, também, (a revista Forbes) foi vista de forma muito positiva, pois tem tudo a ver com o assunto tratado. Foi um case que ganhou muitos elogios de todo o júri”, comenta Saulo. Veja a ideia:

Um fator, porém, fez com que a peça norte-americana “Aeronaut VR”, um clipe musical, ganhasse a preferência e levasse o Grand Prix. “Quando comparamos a execução e todo o Craft envolvido nas peças, o Aeronaut acaba saindo na frente. Mas isso não significa que o trabalho da Ogilvy não tenha um excelente Craft. Para julgar, elencamos três pontos importantes: a ideia, ou seja o assunto abordado, o meio utilizado e a execução. E nesses três pontos, a peça dos Estados Unidos realmente foi perfeita”, elogia.

A vencedora do Grand Prix é assinada pela Isobar de Nova York e pela Viacom reúne diversos elementos de realidade virtual para criar um clipe para o músico norte-americano William Patrick Corga. Assista:

Outros Leões do Brasil
Além dos dois Leões ganhos com “Ricky Brasil”, a Ogilvy, também foi premiada com um Bronze pelo case VR Vaccine, que conquistou diversos prêmios no Festival no ano passado e que, neste ano, voltou a ser inscrito pela agência em algumas categorias. Pelas regras do Cannes Lions, isso é possível, desde que o case não seja inscrito nas categorias em que disputou troféus no ano anterior. A Grey também faturou 2 Bronzes com o trabalho “The Canceller”, para o Reclame Aqui – que é um dos finalistas brasileiros em Innovation.