Cannes Lions
20 A 24 DE JUNHO DE 2022
20 A 24 DE JUNHO DE 2022
Uns apregoaram sua morte inevitável e outros anunciaram uma retomada de importância em andamento
22 de junho de 2018 - 13h30
Muito se falou sobre a relevância do meio TV durante esta semana no Palais. Uns apregoaram sua morte inevitável. Outros, anunciaram uma retomada de importância em andamento. Mas nada foi tão convincente quanto o que aconteceu agora há pouco, nesta sexta-feira, último dia do festival. Um grand finale para a discussão.
Estávamos todos no Pastis, restaurante charmoso na igualmente charmosa Comandant Andre, vestindo nossas camisas amarelas, prontos para assistir ao jogo Brasil e Costa Rica. Esperança. Emoção. Manda doze bière, s’il vous plaît.
Dez minutos do primeiro tempo, aconteceu: a TV travou. Cortaram o sinal. Imagem congelada dos jogadores na tela. Gritaria, tumulto, desespero. A garçonete, em pânico, tentando sintonizar o canal novamente, sem sucesso. Não durou cinco minutos.
Três mesas repletas de brasileiros guardaram seus celulares nos bolsos, se levantaram e saíram correndo atrás de uma TV onde pudessem assistir ao jogo, abortando as esperanças de gorjetas da pobre garçonete.
Nenhuma palestra trouxe argumento mais matador. Pode escrever, ano que vem estaremos no case de algum canal de TV, câmera escondida, concorrendo a um leão de film.
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