Cannes Lions
20 A 24 DE JUNHO DE 2022
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Para expandir a S4 Capital, executivo afirma que o País certamente é uma das regiões a considerar
Roseani Rocha
22 de junho de 2018 - 13h07
Após discutir questões da indústria de comunicação e responder a questões de Ken Auletta, da New Yorker, sobre os motivos de sua saída do WPP num dos painéis mais concorridos no último dia do festival, nesta sexta-feira, 22, Sir Martin Sorrell foi ao encontro dos jornalistas no Media Center do Palais para uma coletiva de imprensa.
Questionado pela reportagem do Meio & Mensagem sobre o fato de que quando estava no WPP sempre exaltava o papel importante de países emergentes no crescimento da holding e se agora consideraria, com a S4 Capital, investir num país como o Brasil, ele respondeu que, em primeiro lugar, não gostava muito do termo “emergente”, porque parece ser depreciativo com países como o nosso. “A China é a segunda maior economia do mundo”, lembrou.
Em seguida, ressaltou que crescimento, hoje em dia, tem de passar por duas questões: tecnologia e novas geografias, e tudo que o S4 Capital fizer passará por isso. “O próximo bilhão de consumidores não virá dos Estados Unidos ou da Europa. E no aspecto novas geografias, o Brasil, que você citou especificamente, com certeza estará na minha estratégia”, afirmou. Sorrell investiu US$ 53 milhões na aquisição da S4 Capital, em maio deste ano. Leia mais aqui.
Já durante a conversa com Auletta, Sorrell parecia ganhar tempo, preferindo começar fazendo ele o papel de entrevistador questionando o jornalista sobre o livro Frenemies: The Epic Disruption of the Ad Business, lançado recentemente pelo jornalista, em que este analisa a crise pela qual passa a indústria da comunicação e o cenário em que muitas empresas são parceiras e concorrentes ao mesmo tempo.
Mas quando as questões espinhosas vieram, Sorrell se limitou a dizer que a acusação específica de uso “inapropriado” de dinheiro da holding (Auletta não mencionou especificamente o pagamento de uma prostituta em Londres com recursos do WPP) não é verdade. “A resposta é a mesma: nego veementemente”, disse. Já sobre o fato de que jornais como o Financial Times fizeram um perfil que o descrevia como alguém não apenas abusivo como cruel no ambiente de trabalho do WPP, Sorrell respondeu: “Não sou uma pessoa fácil de lidar, sou exigente, requeria altos padrões”. Em seguida, disse que, por outro lado, ao deixar a holding, também recebeu muitas mensagens que contradiriam as das 25 fontes ouvidas pelo Financial Times para traçar seu perfil. Já sobre ter “ficado quieto” demais durante todo o turbilhão, afirmou que tem respondido formalmente a cada coisa que tem sido dita a seu respeito.
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