Cannes Lions
20 A 24 DE JUNHO DE 2022
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Grey da Colômbia usou narrações antigas do clube para criar um áudio de 90 minutos da final da Sul-Americana, que não acontece devido à tragédia
Bárbara Sacchitiello
20 de junho de 2018 - 5h00
Um ano depois da maior tragédia da história do futebol mundial, a Colômbia ainda demonstrava um sentimento de tristeza por não ter tido a oportunidade de ver a final da Sul-Americana de 2016 acontecer em seu território. A queda do avião da Chapecoense, que vitimou praticamente toda a equipe e comissão técnica do time brasileiro, abalou o país sul-americano, que fez uma grande homenagem à Chapecoense, no estádio do Atlético Nacional, no dia em que a final seria realizada.
A Grey da Colômbia decidiu fazer uma outra homenagem à equipe brasileira quando a tragédia completou um ano, em novembro do ano passado. Junto com a Blu Radio, emissora colombiana, a agência tentou recriar aquela final da sul-americana, que seria disputada entre Chapeconse e Atlético Nacional, da Colômbia. Para isso, recorreu a áudios de narração de partidas anteriores disputadas pelos dois clubes.
Após um longo trabalho de montagem e edição, a Grey conseguiu criar os 90 minutos de jogo entre Chapecoense e Atlético Nacional, misturando lances anteriores dos dois times. O áudio foi transmitido pela emissora no mesmo dia e horário que seria realizada a final, no ano anterior e ganhou o nome de “The Game that never was” (“o jogo que nunca aconteceu”).
Em Cannes, a ideia fez sucesso. A peça conquistou um Leão de Ouro e dois Leões de Prata na categoria Radio & Audio. Veja o case:
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