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Cannes Lions

20 A 24 DE JUNHO DE 2022

Dez apostas para o Cannes Lions 2018

Jurados já iniciaram avaliação dos concorrentes, mas, diferentemente de anos anteriores, não notam “sensação de já ganhou” em nenhum case


8 de junho de 2018 - 14h08

Já começou o julgamento das peças concorrentes aos Leões da 65a edição do Festival Internacional de Criatividade de Cannes. A maioria dos 26 júris começa a trabalhar antecipadamente, e os de Titanium, Glass e Innovation definem seus shortlists antes do início do evento, no dia 18. “Já vi uma ou outra coisa legal. Mas nada que eu ache que vá dominar o festival, com foi o caso de ‘Fearless Girls’ no ano passado”, compara Rodolfo Sampaio, sócio e CCO da Moma Propaganda, que está no júri de Print & Publishing, se referindo ao case de maior repercussão do Cannes Lions 2017, da McCann New York para State Street Global Advisors (SSGA), que saiu do evento com 18 prêmios, incluindo quatro Grand Prix (Titanium, Glass, PR e Outdoor).

Com ele concorda outro jurado: Rafael Rizuto, fundador e CCO da TBD nos Estados Unidos e um dos membros da comissão que avalia os concorrentes em Glass. “Este ano as coisas estão um pouco diferentes, não tem um big winner chegando no festival com aquela sensação de ‘já ganhou’, como a ‘Fear­less Girl’, ‘Dumb Ways to Die’ ou ‘Dove Sketches’”, diz.

Na busca por favoritos aos Leões, a reportagem de Meio & Mensagem ouviu vários jurados e profissionais brasileiros premiados em edições anteriores, recebeu diversas indicações e selecionou dez campanhas estrangeiras cotadas para prêmios em Cannes (veja todas abaixo). Algumas delas já brilharam em eventos realizados neste ano, como “It’s a Tide Ad”, da Saatchi & Saatchi Nova York para Tide, marca da P&G, vencedor de um dos três Black Pencil concedidos pelo D&AD, do Best of Discipline em Film no The One Show e de dois Grand Prix no New York Festivals (Film e Media).

Mas, se por um lado está aberta a fase das apostas, há quem queira chegar a Cannes e ser surpreendido. “Como jurado e delegado, é ótimo chegar sem expectativa e descobrir ideias que você vê pela primeira vez”, diz PJ Pereira, chairman da Pereira & O’Dell e integrante do júri de Titanium em 2018.

Confira dez ideias que chegam a Cannes em busca de Leões:

“It’s a Tide Ad”, da Saatchi & Saatchi Nova York para Tide (P&G)
O ator David Harbour, que recentemente interpretou Jim Hopper em Stranger Things, passeia por diversos clichês da propaganda – praia e sol em um comercial de refrigerante, glamour em um anúncio de joias – somente para reafirmar que se trata de um anúncio de Tide: sem manchas.

“The Flip”, da We Are Unlimited para o McDonald’s
No Dia Internacional da Mulher, o McDonald’s inverteu o M de algumas de suas lojas nos Estados Unidos transformando-o em um W para homenagear as mulheres de todo o mundo e, em especial, aquelas que trabalham na rede. O logo foi invertido em todas as embalagens e redes sociais da marca.

“Palau Pledge”, da Host/Havas para o Palau Legacy Project
Para ajudar a pequena população da ilha de Palau, no Pacífico, a frear os danos à natureza local, a agência pensou em conscientizar os turistas de uma maneira inusitada: cada visitante que fosse a Palau passaria a receber em seu passaporte um carimbo de comprometimento em preservar os recursos naturais da ilha.

“Trash Isles”, da AMV BBDO para LADBible & Plastic Oceans
Em um esforço para lidar com a quantidade de plástico flutuando no Oceano Pacífico, a campanha reuniu ativistas para pressionar a United Nations a reconhecer a massa de lixo como um país – chamado Trash Isles – para que os governos sintam-se impelidos a limpá-lo. A agência criou vídeos com apoiadores como Al Gore, que se autodenominou o primeiro cidadão da nação fictícia.

“Nintendo Labo”, da Leo Burnett Chicago para Nintendo
Uma nova linha de kits para o Nintendo Switch feitos de papelão, mas que permitem aos jogadores o uso do console híbrido para interação com uma série de acessórios e periféricos.

“Whopper Neutrality”, da David Miami para Burger King
A rede de fast-food resolveu educar os fãs do Whopper sobre neutralidade da rede dando-lhes duas escolhas: pagar mais caro pelo sanduíche ou pagar o mesmo preço com a condição de esperar mais tempo pelo serviço.

“Alexa loses her voice”, da Lucky Generals para Amazon
Alexa perde a voz e uma série de celebridades, e até mesmo Jeff Bezos, tentam substituir a tecnologia da Amazon, e falham miseravelmente na missão. A peça de 90 segundos marcou a estreia da agência londrina no Super Bowl.

“Universal Love”, da McCann Nova York para MGM Resorts
E se famosas canções de amor heterossexuais fossem reescritas para embalar o romance de casais do mesmo sexo? Foi isso que a campanha da McCann Nova York fez para a MGM Reports ao transformar clássicos como “My Girl”, do Temptations, em “My Guy”. Bob Dylan, St. Vincent e Kesha são alguns dos cantores que emprestaram suas vozes às novas interpretações.

“Homepod”, da TBWA\Media Arts Lab para Apple
Spike Jonze consagrou-se por ter dirigido belos clipes ao longo da carreira. É dele a direção da premiada campanha de Kenzo, do ano passado. Neste vídeo para a Apple, ele dirige a cantora FKA Twigs em um quarto distorcido pelo som.

“The Most German Supermarket”, da Jung Von Matt Hamburgo, Alemanha, para Ekeda
A rede de supermercado Ekeda, na Alemanha, tirou todos os produtos que são fabricados fora da Alemanha da prateleira. A ideia era, com isso, mostrar que a integração entre países é fundamental e, assim, combater a xenofobia e os preconceitos contra os imigrantes.

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