18 de junho de 2018 - 16h00

Por uma série de razões logísticas acabei perdendo o primeiro dia de festival, isso, no entanto me deu a oportunidade de rever com mais cuidado o programa, e selecionar cinco palestras que em minha opinião seriam imperdíveis. Sempre que possível coloquei um link de um vídeo para quem quiser se aprofundar no tema de cada palestra.

Estou desconsiderando o dia 18 para não ficar deprimido, caso tenha perdido algo imperdível! É claro que essa seleção está enviesada pelos meus interesses pessoais, mas na medida do possível procurei esclarecer os motivos que me levaram a escolher cada uma das palestras imperdíveis. Então, vamos lá:

Dia 19 (3ª feira):
Tem muita coisa bacana acontecendo nesse dia. Foi bem difícil eleger uma palestra imperdível. Mas meu voto vai para “Unfaking it: how IKEA is keeping it real”.
A Ikea é uma das marcas mais inovadoras do mundo. Recentemente vem inovando na utilização de realidade aumentada, entre outros aspectos. Mas o que me chamou a atenção nessa palestra é o lado high-touch da marca. É a ‘Humanidade Aumentada’ que me interessa aqui. Agora as histórias que a marca se propõe a contar são “unfake stories”. Tocam em temas como divórcio, demência e angústia adolescente. Um dos palestrantes é Patrick Nygren-Bonnier que participou do reposicionamento da marca com o conceito “Where Life Happens”.
Segue um link que contextualiza o posicionamento da marca:

Dia 20 (4ª feira)
Essa foi mole de escolher: “The Break-up of Big Tech”.
O palestrante é Scott Galloway, professor da NYU Stern School of Business, eleito pelo World Economic Forum um dos Leaders of Tomorrow”. A tese de Galloway é que Google, Facebook, Apple e Amazon deveriam ser desmembrados. Essas empresas estariam se tornando monopolistas e desestimulando a competitividade: mola mestra do capitalismo. Entre outras coisas Galloway previu com precisão a aquisição da Whole Foods pela Amazon. E dentre suas previsões de futuro o Carrefour vai ser comprado pela Amazon, alguma nação europeia vai banir uma das FOUR (Amazon,Google,Facebook e Apple) e o Twitter será vendido. Há muitas outras previsões interessantes.
Segue um link com uma palestra de Galloway:

Dia 21 (5ª feira)
Esse dia foi difícil. Há pelo menos três boas escolhas. Uma delas é “Social Prediction: understand what consumer want (before they even know)”, que irá mostrar como a Pepsico está utilizando dados para antecipar os desejos ainda não reconhecidos de seus consumidores. Neste link a ação que a Black Swann realizou em Cannes no ano passado:

Outra que me chamou a atenção pela expressão da marca é “What Creativity Can Do”, com Steve Vranakis e Ronert Wong, respectivamente diretor executivo e VP do Google Creative Labs.
Mas meu voto vai para “Marketing to Deply Polarised Societies”. A escolha aqui foi bem pessoal, pois o tenho estudado o tema da polarização e seu impacto nas marcas. Além disso, tem a presença do Chuck Porter da CP+B e da Jocelyn Killey (inclusive, dei uma olhada no currículo dela que é bem impressionante: formada em sociologia e antropologia pela Universidade da Califórnia e com mestrado em ciência política em Harvard).

Dia 22 (6ª feira)
Essa foi mole também! “Creativiity Anchors of Hope in a Stormy World”, com o Alex Weller da Patagônia.
Eu considero a Patagônia mais do que uma marca. É um novo paradigma. Sem dúvida, é uma das marcas mais interessantes do planeta. Não participa da Black Friday, publica um anúncio de página inteira no NYC conclamando as pessoas a não comprar na Black Friday, tem a maior planta de conserto de roupas nos EUA, faz consertos gratuitos e estimula o mercado secundário de roupas usadas a gerar empregos, entre outras coisas.
Aqui segue um link. É meio antiguinho, mas que conta a história toda da marca. É bem legal pra quem não conhece e para quem conhece tem detalhes que podem passar despercebidos:

Depois eu conto se valeram a pena mesmo!