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Cannes Lions

20 A 24 DE JUNHO DE 2022

Deixa pra dormir em reais

Ir pra Cannes é um grande investimento do ponto de vista financeiro, ou para a empresa que paga sua ida ou, principalmente, para o indivíduo que vai por conta própria


15 de junho de 2018 - 11h38

Este ano tenho uma agenda em Cannes mais turbulenta do que uma semana com entrega de várias concorrências e campanhas aqui no Brasil. Imagino que deva estar acontecendo isso com outras pessoas também. Praticamente todos os horários ocupados, desde cedo até tarde. Curioso é que a grande maioria das atividades das quais participarei acontecerão fora do Palais. Eventos de parceiros e eventos do próprio grupo do qual faço parte.

O Palais se transformou num grande ímã, que atrai pessoas que muitas vezes colam nele, mas não entram. Sei de muitas pessoas que vão pra Cannes e nem sequer têm um passe para entrar no evento. Com tanta coisa que acontece do lado de fora, proporcionadas por patrocinadores e várias outras empresas, dá pra dizer que foi pra Cannes sem entrar no Festival de Cannes.

Em Cannes, as pessoas estão com um espírito diferente. Estão mais abertas, estão ali pra isso, pra se relacionar. É lá que você realmente consegue marcar aquele almoço que sempre fica na promessa do “vâmo marcá”. Nesses almoços nascem negócios e, se não nascem negócios, nascem relações que vão gerar negócios.

Mas espera aí! Quando eu voltar pra minha mesinha lá na Vila Mariana, no primeiro andar da WMcCann, haverá muitos criativos sedentos por pontos de vista, opiniões e histórias (as peças todas eles certamente já terão visto pela internet). Não posso voltar pra lá contando pra eles sobre todos os almoços, cafés da manhã, jantares e eventos em ilhas. Tenho que trazer tendências, falar o que foi falado. Até porque tenho que colocar em prática o que aprendi, em prol dos clientes da WMcCann. Pra isso, o Palais é o templo. Este ano, especialmente, existem muitas palestras que prometem ser interessantes. Vou ter que ficar em muita fila pra confirmar se são interessantes mesmo, tipo aquela fila que se forma pra comprar iPhone novo, só que dessa vez pra ver a Angela Ahrendts, a chefona do varejo da Apple, por exemplo.

Ir pra Cannes é um grande investimento do ponto de vista financeiro, ou para a empresa que paga sua ida ou, principalmente, para o indivíduo que vai por conta própria. E cada minuto tem que valer a pena, até porque os minutos são contados em euros. E pra nós, que trabalhamos em reais, temos que fazer a ida ao festival valer 4x mais do que alguém que trabalha em dólares ou euros. Na cotação de hoje, claro.

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