24 de junho de 2017 - 10h47

“Mas vocês vão falar de empoderamento de novo?”. Foi com essa pergunta que Marc Pritchard introduziu a palestra criatividade e responsabilidade: usando nossas ferramentas para promover a igualdade de gênero.

Uma pergunta que parece refletir sentimento de muita gente nos corredores do Palais: estamos falando demais de empoderamento? Pritchard parece achar que não. “As mulheres ainda estão recebendo menos, a porcentagem delas que chega a um cargo de liderança é pífia, e poderíamos continuar com muitos outros dados. E é exatamente por isso que precisamos falar mais e mais sobre isso. E mais: fazer”.

Na sequência, Madonna Badger, embaixadora do See It Be it, contou sobre a campanha #womannotobjects. “Se incomodar com a objetificação é o primeiro passo, mas é preciso ir além. E foi o que fizemos, criamos um filme para levantar a discussão e acabamos conseguindo um compromisso do festival em não premiar campanhas que objetifiquem mulheres”.

Sherryl Sandberg se juntou a discussão afirmando o quão difícil é entrar nessas discussões de uma maneira produtiva. “Se você discorda de um estereótipo as pessoas tendem a achar que você não tem humor.”

Badger acrescentou dados interessantes “Objetificar as mulheres afeta também as crianças, em pesquisa recente, descobrimos que 1 em cada 4 crianças de 11 anos prefere ter câncer a ser obesa. Isso é alarmante.”

“Lutar pela igualdade de gênero é bom para a sociedade e para os negócios. A campanha Like a Girl, do ano passado, foi um sucesso em todos os sentidos” concluiu Pritchard.