29 de junho de 2017 - 8h22

Por Hugo Rodrigues, CEO da Publicis Brasil

Hugo Rodrigues

Empoderamento feminino, justiça social, valorização da diversidade. As categorias Titanium & Integrated, que deram Grand Prix aos cases “Fearless Girl” e “Boost Your Voice”, respectivamente, reforçaram o que todos nós já sabemos: precisamos fazer mais do que estamos fazendo por um mundo melhor para todos.

Mas, ao mesmo tempo, essas premiações nos deixaram diante de um dilema: a partir do momento em que a publicidade entra no “negócio” das causas, ela tem que ser cobrada como quem está no “negócio” das causas. Não nos basta levantar bandeiras. Temos de ser transformadores. Certo? Errado? Deixo esse ponto aqui como uma reflexão.

Pessoalmente, acredito que “Boost Your Voice”, ao incentivar a participação política de minorias abrindo novos espaços para que elas possam exercer o seu direito de voto, conseguiu esse feito e obteve um resultado positivo e real. Afinal, quando uma marca como a Boost Mobile oferece uma solução ao problema da comunidade onde atua de forma tão contundente, ela atinge o almejado share of heart do consumidor, que passa a advogar em seu favor e a adota para sempre como parte de sua vida.

Outros Leões da área, como os dados às campanhas “We’re the Superhumans” e “Refugees Welcome”, também reconheceram a relevância da temática inclusiva e evidenciaram como a postura cidadã de marcas e instituições é enaltecida em Cannes.

E vale aqui uma nota especial sobre “My Mutant Brain”, da Kenzo: entretenimento puro, mas que, ao deixar a protagonista Margaret Qualley dançar brilhantemente por quase quatro minutos, derrubou todos os padrões da categoria de perfumes de luxo e reforçou, sim, o feminino e seu potencial de diferenciação.

Grand Prix de Titanium: “Fearless Girl”

Grand Prix de Integrated: “Boost your voice”

Ouro em Integrated: “We’re the Superhumans”

Titanium Lion: “Refugees welcome”

Titanium Lion: “My mutant brain”