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Cannes Lions

20 A 24 DE JUNHO DE 2022

Cannes elege provocação do Burger King como a big idea de 2019

“The Whopper Detour”, da FCB Nova York, conquistou a preferência do júri de Titanium e celebrou o humor em meio a prêmios que destacam mensagens políticas e sociais

Bárbara Sacchitiello
21 de junho de 2019 - 15h43

Em uma edição marcada pela premiação de ideias de cunho social e político, o humor e a provocação à concorrência que se tornaram a identidade de uma marca foram celebrados pelo júri do Cannes Lions. Em Titanium, categoria que celebra as melhores ideias que passaram pelo Palais na semana do evento, o Grand Prix foi entregue ao case “The Whopper Detour”, do Burger King.

Criada pela agência FCB Nova York, a campanha abraçava a rivalidade entre a rede de fast food e o McDonald’s, que o Burger King não cansa de destacar em suas campanhas publicitárias mundo afora. Dessa vez, a marca precisava ampliar o número de downloads de seu aplicativo e, junto à agência, criou uma promoção: quem baixasse o app do BK e fizesse um pedido, teria direito a retirar um Whopper em qualquer restaurante da rede pelo simbólico preço de US$ 0,01. A única regra era: esse pedido no app tinha de ser feito quando a pessoa estivesse dentro – ou bem próxima – de um restaurante do McDonald’s.

O trabalho já havia rendido diversos Leões para a marca e para a FCB Nova York nessa edição do evento, inclusive os Grand Prix das categorias Mobile e Direct. Com o GP de Titanium, o Burger King se torna a segunda marca com mais Grand Prix na edição de 2019 do Cannes Lions, perdendo apenas para a Nike, que recebeu 4 GPs com trabalhos feitos pela Wieden+Kennedy Portland, Momentum Worldwide e pela brasileira AKQA São Paulo.

Além do Grand Prix, a categoria Titanium entregou outros cinco Leões. Nessa divisão, não há distinção entre troféus de Ouro, Prata ou Bronze. Todas os demais trabalhos premiados na categoria são peças que abordam alguma questão política ou social: acessibilidade (“Changing the Game”); feminismo (“Viva La Vulva”); combate ao racismo (“Dream Crazy”); liberdade de expressão (“The Uncensored Playlist”) e equidade de gênero (“The Last Ever Issue”). O Brasil não conquistou nenhum Leão na categoria.

Questionado sobre a diferença da temática do Grand Prix com os temas mais sérios dos demais troféus da área – e também com a própria ênfase dada pelo Festival ao longo da semana a cases de cunho social e político – David Lubars, presidente do júri de Titanium e CCO e chairman da DDB Worldwide North America, disse que seu grupo não fez uma escolha baseada no tipo de mensagem que o case passa mas sim no valor da ideia. “Não tomamos a decisão de seguir por um caminho ou por outro. O que olhamos diretamente foi para a ideia criativa de cada uma das peças. Temos peças premiadas em Titanium que seguiram esse caminho de passar uma mensagem social, mas a melhor ideia, entre todas, foi a do Burger King. E não podemos deixar de premiar uma peça brilhante porque ela não aborda um problema social”, disse o presidente do júri à reportagem de Meio & Mensagem.

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