25 de junho de 2019 - 18h47

Último dia de festival é o melhor dia de premiações. Filmes, Titanium, Leão de St.Marks… vale a pena encarar a fila para entrar nos auditórios. Fila que começa bem cedo, diga-se de passagem. Enfim, na sexta, os brasileiros que resolveram assistir à alegria alheia ou que trabalham na W+K São Paulo (parabéns pelo belíssimo ouro) presenciaram uma cena um tanto quanto peculiar acontecer.

Durante a premiação de Titanium, a categoria mais cobiçada e importante do festival, quando Nike – Dream Crazy foi anunciado como “apenas” um dos vencedores, vimos caras fechadas no palco. Sim, o pessoal da W+K Portland não parecia muito feliz com um prêmio que faria qualquer agência brasileira dar festa no Majestic.

E dá pra entender. Sério.

Estamos falando de uma campanha que atingiu um nervo na sociedade americana. Uma campanha arriscada, muito arriscada. Comentada no mundo inteiro. Compartilhada no mundo inteiro. Que fez as ações da Nike despencarem (na época fiz umas contas básicas e, o montante perdido foi de mais ou menos 4 bilhões de dólares) e depois atingirem seu recorde histórico. Inclusive, qual foi a última vez que você viu um case com resultado acionário? Que fez pessoas colocarem fogo nos tênis. Mas que fez muito, mas muito mais, comprarem um. Eu comprei um depois de anos sem usar a marca do swoosh. E depois desse, mais uns dois. Não é à toa que as vendas cresceram 31%!

Coisas como essas poderiam fazer alguém, principalmente, os pais da peça, pensar: é, temos o trabalho do ano.

Mas, no final, o GP de Titanium foi pra Whopper Detour. Ótima ideia, nada contra. Muita inveja, inclusive.

Porém, me parece que enquanto BK fez campanha, Nike fez história.

E convenhamos, o que qualquer pessoa normal preferiria fazer?