24 de junho de 2019 - 8h56

Juri de Innovation Lions com o time da SeeSound que ganhou o GrandPrix

Este ano minha participação em Cannes foi muito diferente e gratificante. Durante os últimos dias pude assistir ao vivo,  juntamente com 9 colegas, aos 25 trabalhos do short-list que vieram de 16 países diferentes. As apresentações ao vivo seguidas de uma sessão de perguntas muda completamente a dinâmica e enriquece muito a análise o que fez com trabalhos ganhassem ou perdessem muitos pontos em relação aos vídeo cases. A paixão transmitida no palco teve um peso muito grande para o júri entender o nível de comprometimento dos envolvidos por exemplo.

O maior vencedor deste ano foi o produto SeeSound, criado por uma start-up a partir de uma necessidade do fundador: ele é surdo e quase morreu por não ouvir os sons dentro da sua casa. Em colaboração com a agência Area23 a empresa criou um equipamento que usa microfones para escutar os sons.  A mágica acontece no software que interpreta os ruídos e envia notificações para o celular do dono com a explicação. Para identificar o som foi usado milhares de vídeos do YouTube para treinar o algoritmo.

Para decidir o GrandPrix o júri discutiu muito sobre a mensagem e o legado desta escolha e acreditou que premiar uma start-up que fez algo tão bacana, inovador e significativo seria um estímulo para milhares de empreendedores ao redor do mundo para apostarem em suas ideias pois apesar de todos desafios e restrições você pode competir com grandes corporações e ter um grande reconhecimento.  A tecnologia atual democratizou de forma decisiva a capacidade de qualquer um transformar sua ideia em realidade. SeeSound é a prova disso.