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Cannes Lions

20 A 24 DE JUNHO DE 2022


19 de junho de 2019 - 17h36

Depois de assistir a quatro palestras, decidi acompanhar pela primeira vez a apresentação de cases finalistas do Glass Lions. Já de cara o “The E.V.A. Iniciative”, da Formans & Bodenfors Gothemburg para a Volvo, me arrepiou toda. Sabia que mulheres tem 71% a mais de chance de se ferir em um acidente de carro e 17% a mais de chance de morrer? E sabia que o motivo é porque os bonecos de crash test são reproduções de corpos de homem? Pois é, estúpido assim. O projeto não só mudou parâmetros para a Volvo como abriu os dados de anos e anos de pesquisa da marca de carros mais segura do mundo para todos os concorrentes. Isso emociona a gente. Segunda pancada: “Here to Create Change”, da TBWA/Chiat/Day NY entra com Billie Jean King no seu pior melhor temperamento.

Todos se emocionam de novo com a Adidas reeditando o tênis da mulher que mudou o esporte e mudou os tênis das marcas concorrentes. Aí veio o case da “Lei do Minuto Seguinte”, da Y&R para o Ministério Público Federal. Sabe o que custa fazer passar uma lei que favoreça as mulheres no Brasil? Precisa não mais do que uma puta ideia para fazer uma puta ideia acontecer.

Por mais que a gente já conheça os projetos e já tenha se empolgado com os cases, nada mais emocionante do que ouvir quem criou falar sobre o processo, enfrentar as perguntas do júri e abrir detalhes dos bastidores. A gente tá aqui pra ver resultado de trabalho, mas é o perrengue que nos une. Eu choro. E foi lindo olhar para os lados e ver que eu não estava chorando sozinha.

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