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Cannes Lions

20 A 24 DE JUNHO DE 2022


11 de junho de 2019 - 14h10

Cannes chegou, a publicidade está de volta.

Sem nunca ter ido.

Hoje todos querem fazer publicidade mesmo não querendo ser chamados de publicitários.

Na concepção de que publicidade é a comunicação remunerada para promover um produto e uma ideia ou resolver um problema de comunicação de uma empresa ou causa, temos mais publicitários do que nunca.

É exatamente isso. Todos querem criar. Todos querem ser publicitários.

Afinal todos postam.

E isso é ótimo.

As consultorias querem fazer agências. Elas compram agências. Bom para os donos de agências.

As produtoras criam, os clientes criam, as consultorias jurídicas criam.

Empresas de mídia criam. E isso também é ótimo!!!

Aprendemos a cantar antes de falar. Aprendemos a desenhar antes de escrever. Todos são criativos.

Até jornalistas criam. O que em algum momento comprometeu o jornalismo.

Mas esquecendo as fakenews, quando os jornalistas criam conteúdos editoriais e válidos para a sociedade, é um ótimo trabalho.

Os influenciadores criam. Produzem também.

Todos fazem tudo.

Todos fazem publicidade.

A publicidade está viva e chutando traseiros. Só é um pouco diferente do que se fazia antes.

Sejam bem-vindos criativos de todas as origens e de todas as categorias e formações diferentes. Precisamos de vocês.

Mas, e sempre tem um MAS, publicidade é uma atividade comercial muito importante e repleta de obrigações.

A importância é tanta que hoje a publicidade atua sobre a verdade apenas.

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Quando a publicidade não é precisa, ela simplesmente pode ser retirada do ar, julgada e punida. E os clientes junto.

Basta uma denúncia no Conar, por exemplo. Fora a justiça comum.

E isso serve para qualquer tipo de atividade de comunicação, que tenha tido um pagamento ou objetivo comercial, em qualquer meio.

Por outro lado, chame como quiser: post, programática, play, ambiente, etc. ela vai movimentar a economia.

O que é ótimo! O Brasil precisa disso!!!

E quanto as obrigações, existem várias. Uma delas é determinante e tem relação com a qualidade do que se faz.

Alguns dos entrantes nesse negócio de publicidade ou criatividade em comunicação estão contratando grandes profissionais das agências, o que é uma atitude corretíssima.

Pois esses profissionais já trilharam suas 10 mil horas de atividade para se tornarem mestres em craft de suas funções. E vão levar essa qualidade para seus novos empregadores.

E é ótimo isso, o mercado valoriza o bom profissional.

Mas existem casos aonde se percebe um estilo TCC de criação. Um entusiasmo juvenil.

Bonito de se ver. Num TCC.

Existem TCCs brilhantes.

O de George Lucas era simplesmente o Star Wars. Mas é exceção.

Publicidade boa precisa de tempo, prática, erros, acertos e correções. É uma jornada, não uma vontade.

É tão simples que as vezes todos acham que podem fazer.

Mas você não entra num avião pela primeira vez e pilota. Você não entra em campo pela primeira vez e vira artilheiro.

Não pega o violão numa tarde de sábado e vai para o topo da bilboard.

Bem, logo o mercado, implacável, vai selecionar essa comunicação feita no entusiasmo daquela realmente craftada, curtida e elaborada.

Venha de onde vier. E que venha de todo lugar.

Afinal, tudo mudou na publicidade, menos que ela é uma interrupção indesejada e precisa ser muito brilhante e bem feita para ser aceita pelas pessoas.

Nunca foi tão bom ser publicitário.

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