16 de junho de 2022 - 14h25

Embarcando para Cannes com um olhar completamente diferente dos anos anteriores. Fiz parte do júri na edição passada 2020/2021, apelidada de “Covid Jury”, e acho que depois da experiência intensa e imersiva, a sensação é que a chave realmente muda. A gente passa a olhar o trabalho com outros critérios na cabeça.

No meu caso, jurada na categoria Creative Strategy, vai comigo agora o vício de observar muito criticamente o insight. Lacraram no insight? Tô vendo aqui aquela verdade, revelação, descoberta que abre uma nova perspectiva e inspira a criatividade numa direção original? Tem genialidade desde interpretação do problema? Vai comigo também o olhar curioso para atitude do time que fez. Viraram o briefing de ponta cabeça? Investigaram as pessoas e os movimentos culturais? Exploraram a ideia no seu máximo potencial? Vai comigo ainda um olhar mais apurado para diferença que a ideia fez. Gerou impacto no negócio, na marca, na sociedade, no mundo?

Também tô levando comigo para Cannes a vontade de resgatar a minha parte da experiência que faltou. No “Covid Jury” foi muito trabalho duro, pouca diversão. Faltou o ar da Riviera Francesa, conhecer a galera pessoalmente, acompanhar os bastidores, ir na festa dos jurados, brindar com vinho rosê e viver a coisa por completo. Ou seja, meu sarrafo para Cannes esse ano, tá bem lá em cima.