15 de junho de 2022 - 15h34

Nestes dois últimos anos, fomos da perplexidade à atividade, da reflexão à iniciativa e da inspiração para a ação. Na publicidade, saímos do período pós-pandemia mais fortes porque fomos os que tiveram que se adaptar mais rapidamente às mudanças de comportamento do consumidor. Como nossa missão é estabelecer uma conexão, foi preciso estar sempre muito atento para ser continuamente relevante.

Tudo o que vivemos recentemente deve transbordar durante o Cannes Lions 2022 e é por isso que minhas expectativas são altas para o festival. Quero ver e entender as propostas, soluções e estratégias que talentos publicitários dos mais variados lugares encontraram para manter a efetividade da comunicação das marcas.

A maior prova de que as prioridades mudaram foi a criação de três novas categorias para a premiação deste ano: B2B, Commerce e Media. Quem vive no mundo da publicidade sabe o poder do business to business, que ficou ainda maior recentemente.

Mas, dentre as novidades, a que eu acho mais expressiva é o prêmio de Media. Afinal, quem vive o desafio de colocar as marcas junto do consumidor sabe muito bem que a fragmentação das mídias é um dos maiores desafios porque, diante de uma audiência dispersa e anestesiada pelo excesso de mensagens, as estratégias bem-sucedidas se tornam vitórias ainda mais saborosas.

Arrumo as minhas malas colocando na bagagem a impressão de que o Cannes Lions está cada vez mais “pé no chão” no sentido de buscar reconhecer a genialidade nos negócios da comunicação tanto quanto as “big ideas” publicitárias. Minha expectativa é ver no Palais muito espírito e poucos fantasmas.