7 de junho de 2019 - 16h58

(Crédito: Rawpixel/Pexels)

O Festival de Cannes está chegando e não sei porque lembrei do Roberto Carlos. Talvez pelo fato de que, mesmo com muito amor e bem-intencionado, não basta usar os mesmos formatos que um dia, não distante, deram conta de transmitir uma história capaz de criar um relacionamento duradouro.

Sem pretensão de definir o status quo da relação entre marca e consumidor, pense comigo:
De um lado as marcas seguem num movimento cada vez mais pessoal e humano. Amparadas por um complexo arsenal tecnológico buscam conquistar o mais valioso asset do momento, a atenção! E a maioria se contenta com pouco, aquela atenção minimamente suficiente para transmitir uma história bem contada. O consumidor por sua vez, devidamente conectado e ausente do presente momento, sem admitir interrupção, é indiferente ao que se passa ao seu redor, com exceção do que é do seu interesse naquele instante.

Construir uma relação duradoura com o consumidor nunca foi tão fácil do ponto de vista de ferramentas disponíveis e, nunca tão difícil no se refere a conquista da atenção.

O Festival sempre traz mudanças mas, em sua essência, os jurados vão premiar a excelência criativa nas diversas categorias existentes.

Este ano, umas das novidades é a de Creative Strategy Lions, presidida pela Tracey Follows. Essa categoria vai premiar a ideia atrás da ideia. Como o planejamento estratégico conseguiu reposicionar uma marca, qual foi o impacto no business, a influência em seus consumidores e na cultura popular. De uma forma pragmática, os jurados vão analisar os cases da seguinte forma:
30% interpretação do desafio da marca ou problema do negócio;
30% insight e inovação na abordagem;
20% ideia criativa e
20% resultados.

Criatividade é fundamental em diversas áreas da nossa indústria. Vejo seu papel cada vez mais central na geração de valor entre marcas e consumidores.