20 de junho de 2018 - 17h44

O Conan O’Brein esteve agora há pouco aqui no Palais em um painel sobre branding, conteúdo e entretenimento – junto com o Shaquille O’Neal e um âncora da CNN.

Ele é um cara que faz muito bem o que faz. Um cara que já escreveu para os Simpsons, para o Saturday Night Live e está a 25 anos comandando talk shows e fazendo comédia.

E fazer bem o que faz passa também por ele entender quem é como marca. Qual a persona dele que o público entende. Como o público identifica de um jeito simples quem é esse personagem.

Para isso, ele tem valores dos quais não se desvia. E assim, faz as escolhas que faz, se comunica e é decodificado pelo seu público e mídia.

Há 25 na TV, em algum ponto entendeu que precisa estender o diálogo além disso. Precisa estar presente digitalmente. Gerar conteúdo. Gerar conversa.
E tem feito isso brilhantemente (o James Corden é outro excelente exemplo de bom uso dos canais digitais).

Entender que cada plataforma digital pede um tipo de conteúdo é uma premissa básica para o sucesso da conversa. Para isso, ele tem um time – segundo ele, mais jovem e inteligente do que ele – que corrigiu o rumo do que fazia: deixou de postar trechos do seu programa da TV no YouTube e criou conteúdos exclusivos. Para cada canal. E todos eles constroem o que a marca “Conan O’Brein” representa. Com seus valores e identificação clara junto aos fãs.

E é basicamente esse pensamento que deve pautar a interação das marcas com o consumidor. Valores, posicionamento e entrega de conteúdo relevante. Uma troca justa pela atenção.

O Conan entendeu essa dinâmica. E põe em prática brilhantemente.

Ps.: quando perguntaram para o Shaquille O’Neal como ele criava um vídeo viral, ele respondeu que não cria vídeos virais. Ele cria vídeos com conteúdos que ele acredita serem relevantes para o público dele. Às vezes eles viralizam. Às vezes não. E é isso mesmo. Fica a dica.