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Cannes Lions

20 A 24 DE JUNHO DE 2022


20 de junho de 2017 - 9h17

Deixando um pouco de lado as tendências abordadas pelo Festival e as previsões sobre quais trabalhos serão premiados, resolvi falar aqui, de uma coisa que sempre me deixou um pouco incomodado.

As vaias. Sempre tive uma certa dificuldade em ver as pessoas vaiando os filmes nos auditórios.
Para quem nunca esteve em Cannes, é tipo um assobio que vai falhando e ao mesmo tempo formando um coro, quando o trabalho não é legal.

Sim, dá uma certa preguiça em ver 7 filmes da mesma campanha, quando o primeiro já é bem ruim. Mas a verdade é que a gente não sabe o que está por trás de cada trabalho. As limitações. As dificuldades.

E não estou aqui, querendo bancar o politicamente correto. É claro que a gente que trabalha com propaganda tem que estar preparado para receber críticas. Justas ou não. O que a gente faz é construir vidraça e o consumidor pode ser aquele menino de 9 anos passando pela rua com uma pedra na mão.

Faz parte a crítica, mas vaiar o trabalho de um colega é feio. Lembro sempre de uma historia que o craque Fernando Vega Olmos conta sobre quando foi vaiado no Festival em 85. O quanto aquilo o machucou, e ao mesmo tempo o quanto o ajudou a voltar anos depois e ganhar um Grand Prix para o seu país.

Enfim, colega delegado, vaia não. Afinal de contas, podia ser o seu trabalho no telão.

 

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