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Cannes Lions

20 A 24 DE JUNHO DE 2022


19 de junho de 2017 - 8h55

Soa humilde e pé no chão quando um publicitário diz que somos “apenas vendedores”, mas trata-se de uma redução grosseira da nossa capacidade e atuação.

Google e Facebook democratizaram a comunicação com as suas plataformas e ferramentas de marketing “faça você mesmo” no estilo Ikea. Elas permitem com que qualquer mortal crie e veicule sua própria campanha e, pagando, alcance o consumidor independentemente da qualidade do material publicitário. Agora todo mundo pode ter o seu próprio carro da pamonha virtual e fazer barulho à vontade no feed alheio.

Talento, entretanto, não se democratiza. Habilidade técnica não se desenvolve sem perseverança. E é para isso que existe este festival: reconhecer aquele 1% de trabalhos que fizeram muito mais do que vender. Que baixaram a guarda do consumidor. Que encontraram um espaço definitivo na memória das pessoas. Que foram enviados por avós para seus netos no WhatsApp. Que irão facilitar todas as próximas conversas que estas marcas venham a propor no futuro próximo. Que irão reduzir a quantidade de esforço e dinheiro necessários para que a marca se mantenha competitiva frente aos concorrentes.

Se você veio pra Cannes apenas para saber como vender mais, pode voltar pra casa pois o seu lugar não é aqui. Se sua preocupação é apenas quanto custa e qual o retorno, deixo pra você uma frase do Flávio Machado, produtor executivo da maravilhosa cerimônia de abertura dos jogos olímpicos do Brasil, que sintetiza bem o papel da criatividade nos negócios:

“Quanto vale criar um evento que mudou a auto-estima de uma nação inteira?”

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