14 de junho de 2017 - 12h45

Caros, não sei vocês, mas faz muito, muito tempo que eu simplesmente não paro. Parar para me inspirar, para ver trabalhos incríveis. Para me reconectar. Aliás, sei exatamente há quanto tempo eu não paro: um ano. Porque foi só no último Festival de Cannes em que eu consegui fazer isso.

Voltei à São Paulo e à vida real em um domingo. Logo no dia seguinte, estava de volta à agência. E vêm os e-mails, e reunião, e trabalho, e concorrência. Vou contar para vocês como foi Cannes. Mais e-mails. Marca de ver os amigos. Desmarca. E ganha conta, e ganha outra, e é mais trabalho. Vou contar como foi Cannes. Marca médico. Desmarca.

E é crise, é ainda mais trabalho e e-mails. É viagem para o encontro global. Na volta, conto como foi, e já aproveito para falar como foi Cannes. E volta, e ganha projeto, e ganha conta. E contrata, e trabalha, e mais e-mails. Agora, Cannes vem chegando de novo. E eu sinto que nem consegui transmiti ou sequer assimilei tudo o que vi por lá. Tenho a impressão de que vi o case de Missing Girl. E só.

Não vi direito a lista de palestrantes e convidados. Ainda nem arrumei a minha mala. Mas vou arrumar. E vou entrar no avião. Aí, quando eu pousar em Nice e pegar minha credencial, vou poder, finalmente, parar e lembrar porque eu escolhi essa profissão.