Publicidade

Cannes Lions

20 A 24 DE JUNHO DE 2022

Tem mas acabou

O Entertainment Lions for Music foi a experiência profissional mais incrível da minha vida


19 de junho de 2019 - 17h50

O Festival segue, mas ontem foi meu último dia de compromissos como jurado de Cannes na categoria Entertainment Lions for Music. E posso afirmar, categoricamente, que foi a experiência profissional mais incrível da minha vida. A lista de motivos é gigante: organização, profissionalismo, ter a chance de assistir a tantos projetos absurdamente incríveis e por aí vai. Mas pra mim, foi um Festival sobre pessoas.

Primeiro pelo time reunido naquela sala escura, sem janela, mas com ótimas caixas de som. Mentes admiráveis, a começar pela nossa presidente Paulette Long: super gentil, atenciosa e sabendo exatamente o que fazer. Conduziu o processo todo de um jeito brilhante. Uma maneira de organizar o pensamento que é raro de achar. Uma líder.
Mas meus parceiros de júri não ficam atrás. Music supervisors, produtores, executivos, que estavam ali olhando no olho, querendo ouvir mais que falar. E com argumentos perfeitos, daqueles que ficam na cabeça até a discussão do dia seguinte.

E depois de tantos projetos lindos, super bem executados, o que mais mexeu com aquele grupo de pessoas, foram os projetos sobre pessoas. Sobre mudar pessoas, elevar pessoas. Tivemos dois GPs na categoria. O primeiro, “This is América”, um videoclipe que ascende um holofote gigante em problemas que não deveríamos ter há muito tempo. Não problemas, mas uma sociedade que não deveríamos ser há muito tempo. E o outro GP foi pra esse short film, um manifesto arrasador, que também joga a luz em questões raciais, injustiças sociais e ainda propõe a criação de uma nova sociedade: “Bluesman”, do artista brasileiro Baco Exu do Blues. É tão arrebatador que a nossa presidente de júri acabou a coletiva de imprensa dizendo: “I’m a Bluesman”. Arrepiante.

Publicidade

Compartilhe

Patrocínio