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Cannes Lions

20 A 24 DE JUNHO DE 2022

Cannes é assim: gigante!

Como esse lugar consegue ser tão pequeno e tão grande ao mesmo tempo?


22 de junho de 2018 - 12h55

Como esse lugar consegue ser tão pequeno e tão grande ao mesmo tempo?

Foi essa a reflexão que me tirou da cama cedo para escrever um pouco. Aqui, o sol é enorme. Ele levanta cedinho e se põe lá pelas 21 e pouco – o que faz com que o dia fique enorme. Aqui, assim como o sol, os iates estão longe se serem modestos. Talvez tenha sido a solução encontrada para aumentar um pouco mais a área deste lugar tão pequeno. Aqui, o chinelo come solto. Até porque, acompanhar tudo é uma missão que exige da cabeça e mais ainda das pernas. Pra se ter uma ideia (e aqui vai um pouco de analytics), de segunda-feira (dia oficial de abertura) até quinta-feira, eu já dei mais de 37.506 passos – o que dá uma distância percorrida de 44,1km, segundo o app do iphone. É uma distância grande se a gente pensar que na maior parte do dia estamos sentados.

E por falar em grande, a praia ficou pequena frente as marcas que disputaram seu espaço em cada centimetro quadrado de areia. Este ano, os dois gigantes que travaram o duelo das praias foram o Facebook e o Google. A ativação e os espaços de interação foram planejados para serem não gigantes, mas HUGE, como os gringos gostam de falar. Eu particularmente adorei a ativação do Instagram que recriava um mundo virtual numa brincadeira com projeção e espelhos e te transportava para uma realidade paralela.

Grande foi a oportunidade de ver o trabalho da Widen+Kennedy para KFC apresentado pelos seus ECDs Jason Bagley e Eric Baldiwin ao lado de George Felix, diretor de marketing da marca. A diferença é que aqui em Cannes, além de grandes nomes, não existe quem suba ao palco para fazer feio (com algumas excessões). A apresentação de como a rede KFC teve a sua marca repensada e reconectada ao público foi um verdadeiro show de storytelling. Um espetáculo em que Colonel Sanders, fundador da marca, foi reencarnado no palco e isso fez a interação com o público explodir. Muitas vezes somos nós que pensamos ou criamos algo para impactar. Mas quando somos impactados por algo bom, isso faz a nossa alma ficar maior.

Grande, foi topar com Martin Sorrell passando apressado pelo calçadão do Palais e não conseguir dar mais de dois passos sem ser flertado por alguém. Maior ainda foi a descoberta de que a sua real estatura, que não fica tão evidente nas fotos, não passa de um pouco mais de um metro e sessenta, pelos meus cálculos. Foi só me distrair e o pequeno homem sumiu na multidão ao melhor estilo Mestre dos Magos.

Gigante também foi ver o papo entre Shaquille O’Neal e Conan O’Brien, com direito a cadeira quebrada por O’Neil com seus humildes 2,16m de altura. O pequeno O’Brien brilhou durante a apresentação deles. O que me fez sentir na pele o verdadeiro significado de que é engajamento. Em Cannes são muitas opiniões sobre tudo e muitas divergem, o que é ótimo. Se a gente seguir no mindset construtivo, isso faz com que possamos sair daqui com pelo menos um centimetro de altura a mais, a cada dia.

Em Cannes o Brasil foi grande. E como todo gigante, se superou. Vi cases muito impactantes dos brasileiros como o da Budweiser, o da Coca-Cola que é Fanta, o Detector de Corrupção serem premiados e aclamados – entre outros tantos que o Brasil desfalcado deste ano vai trazer na mala. O que fica de lição pra mim é que se a vontade impera, o resultado supera. E na dificuldade, nós somos melhores e maiores.

O último dia nem aconteceu ainda, mas eu já tenho uma avaliação: Cannes é assim, gigante!

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