20 de junho de 2018 - 15h49

Um banner gigante colocado aquí no Palais, em Cannes, anuncia ao mundo: “Brazil. A great habitat for film production”.

Apesar da situação, por vezes, desanimadora do Brasil, temos que confessar: temos um país bastante interessante para a produção cinematográfica.

Uma grande variedade de locações – rios, praias, montanhas, deserto, dunas, cidades pequenas e grandes –, clima tropical, etnia diversificada e uma estrutura de produção forte. Junta-se a todos esses pontos uma moeda, neste momento, desvalorizada, que torna os custos brasileiros mais competitivos.

O conceito de que temos o “habitat perfeito”, partindo da metáfora de que a fauna e a flora representam os principais elementos da produção, bem simboliza a competência dos produtores brasileiros. Hoje, podemos afirmar que nossos talentos e técnicos da indústria cinematográfica se igualam aos melhores centros de produção do mundo.

O crescimento do mercado independente no Brasil na última década, por conta da abertura para a produção para televisão, cinema e branded content e entretenimento, além da publicidade, profissionalizou a nossa industria ao ponto de, atualmente, o Brasil já exportar conteúdos para as plataforma de “video on demand”.

A presença maciça das empresas de mídias aqui no festival é assustadora. A invasão das palataformas digitais, como Google, YouTube, Spotify, Facebook, entre outras, já é absolutamente natural nos últimos anos, mas, agora, já podemos presenciar plataformas como Hulu e as mais tradições como Turner, fora as diversas mídias impressas, como Variety, The Walt Street Journal.

Logicamente, o foco de todos é buscar protagonismo diante dos anunciantes, muito deles também presentes aqui. A oferta de soluções para a comunicação das marcas passa, inevitavelmente, por conteúdos. Todos trabalham neste sentido.

Se no Brasil temos o “habitat perfeito” para a produção de conteúdos audiovisuais, aqui temos o habitat perfeito para a prospecção de negócios.