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Cannes Lions

20 A 24 DE JUNHO DE 2022


21 de junho de 2017 - 18h39

Scott Galloway é professor de Marketing na NYU Stern School Business e teve uma das palestras mais espetaculares em Cannes Lions até agora. Galloway, que ocupa o palco do Palais como poucos, dá um banho de dados dos mais variados tipos e perspectivas para mostrar a revolução de conteúdos e hábitos de consumo que estamos vivendo. E a grande campeã nessa briga, pelo modelo de negócios rápido, eficiente e matador, é a Amazon. Talvez você até imaginasse, mas vamos aos dados.

A Amazon vem diversificando seus negócios, isso não é novidade. Galloway descortina a estratégia da empresa e nos dá aquela sensação de “caramba, eles vão dominar o mundo”. O valor de mercado da Amazon um dia após o anúncio da compra da redes de groceries Wholefoods subiu U$ 11,23B. A Target caiu U$ 1,57B e Walmart despencou incríveis U$ 11,13B.  No terreno mais óbvio e conhecido, de compras online, focando na indústria de vestuário, desde 2005 as lojas virtuais da Amazon realizaram um lucro de U$ 27,8B. No mesmo período, as tradicionais lojas de departamento perderam U$ 29,6B.

Mas não para por aí. Vamos à indústria de conteúdo. A Amazon Studios – se você não experimentou ainda, corra, está (sempre estará) atrasado – tem um budget em 2017 de U$ 4,5B. Como referência, Scott lembra que o da HBO são “míseros” U$ 2,5B e o da rede ABC, U$ 4,0B.  Netflix segue o passo da Amazon, mas estamos falando da revolução exposta em números.

As evidências não acabam. Vamos agora aos lares americanos, já que não temos os dados brasileiros disponíveis. Em 2016, 44% dos americanos tinham uma arma – pausa aqui para um OMG!! — e 49% ainda têm uma linha de telefone fixa em casa. Cerca de 55% votaram nas eleições presidenciais que deram a vitória a Jeff Bez…ops…Mr. Trump. Já 58% assinam Amazon Prime. É muita gente. Eu juro que achava que eu era parte de uma minoria. Sou viciado e confesso.

Jeff Bezos, dono do Washington Post desde 2013, conseguiu num mesmo guarda-chuva reunir as indústrias de groceries e farmácias, mídia, delivery e advertising. Ganhou, na combinação, inteligência, escala, agilidade para sempre oferecer o mesmo que o competidor ao lado por menos, se achar por bem.

A Amazônia, pelo menos, ainda é nossa, minha gente! Ok, há controvérsias.

Para fechar com o melhor estilo Galloway, fica um trecho do painel de ontem, um recado para você que está nos seus 20, 30 anos, e certamente já ouviu sobre a importância do equilíbrio entre trabalho e lazer.

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