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Cannes Lions

20 A 24 DE JUNHO DE 2022


14 de junho de 2017 - 10h16

Estou às vésperas de viajar. Tive um sonho ou pesadelo, ainda não sei. Vi-me em Cannes, aquele lindo mar. Estou na Côte D’ Azur, sul da França.

Uma confusão mental absurda. Estou na famosa Boulevard de la Croisette. Olho para o Palais e vejo o Palácio do Planalto, ao invés das escadas com tapete vermelho, temos uma rampa, olho para o lado direito, onde era o Casino, vejo o Supremo Tribunal Federal. Caminho pela avenida, quando imagino avistar o Hotel Carlton, vejo o Senado Federal.

(Crédito: Gabriel Fonseca)

Olho para o mar e vejo o Lago Paranoá, viro-me para as montanhas e vejo o Palácio da Alvorada. Volto ao ponto de partida, fixo meus olhares na rampa do Palais e, de repente, desce Barack Obama. Tudo fica mais claro, penso que a solução do Brasil está aqui em Cannes.

A confusão mental continua, cumprimento Obama. Ele fala que as questões estruturais do Brasil, suas crises e dificuldades podem ser rapidamente superadas se valorizarmos a marca “Brasil”. Mostra ao meu redor o potencial do nosso país. (i) Belezas naturais: Aí, vejo o Mar Azul, as montanhas e a luz de Cannes. (ii) Povo: Vejo também lindas pessoas de várias nacionalidades desfilando pela Croisette.

Acordei. Refleti. Fiquei tentando identificar essa mistura de pensamentos e vivências. Por que? Então, veio-me a resposta!

Estou há dias sentindo um certo incômodo. Estamos vivendo um momento difícil, uma crise política e, consequentemente, econômica, nunca antes ocorrida no Brasil. O meu incômodo nessa equação: como um país com tanto potencial, uma nação promissora, formada por uma população tão diversa, não consegue avançar e firmar seu desenvolvimento econômico e social?

Volto, então, para o meu universo profissional. Vejo um mercado publicitário fragilizado, com baixo volume de negócios, em constante transformação, mas ainda preso a um modelo tradicional.

Vou para Cannes e lá encontro, como em quase todos os anos, a excelência da criatividade, inovação e arte. Tudo o que o mundo está fazendo, refletindo tendências que nos alimentam, entusiasmam e nos dão energia para voltar e continuar lutando para transformar. É isto que espero de Cannes. Ver como as marcas estão se comunicando neste momento no mundo e o que vem por aí.

Voltei a dormir e, novamente, me vieram alucinações. Estava produzindo um filme para valorizar a marca “Brasil”, que tinha como propósito resgatar a credibilidade, a autoestima e a imagem do nosso país.

As locações estavam lá: uma Brasília em Cannes e o ator que representava o presidente do nosso país. Vai câmera! Som! Claquete! Ação!… Corta! Palmas! Fim!

(Crédito: Gabriel Fonseca)

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