13 de junho de 2017 - 12h07

Dizer que Cannes está cada vez mais parecido ao SXSW já é clichê, daqueles que corro o risco de você parar de ler por aqui. Mas, por favor, ainda não me abandone para ver seu Instagram.

De 2009 – meu primeiro ano no festival – para cá é brutal a mudança de prioridade de Cannes para o conteúdo e a discussão. Relacionamento e reuniões de negócios continuam muito importantes. Mas, hoje, dividem nosso tempo na Riviera francesa com conteúdo e reflexão.

E aí está a semelhança com SXSW. Muito conteúdo que exige um bom planejamento prévio para separar o joio do trigo. Sempre vale o procedimento preparatório para qualquer evento: não vá pelo título, mas sim pelo speaker; cuidado com palestras de celebridades! Muitas vezes, o máximo que você irá conseguir é tirar uma foto para deixar seus amigos de rede social com inveja.

Minha real expectativa com o evento, que renovo todos os anos, é que esta semana fora da rotina e exposto a milhares de referências e pessoas interessantes tenha um impacto no trabalho e na minha vida. E que esse efeito dure o máximo de tempo.

É difícil porque o transe do dia a dia associado à idiossincrasia do mercado te puxam todos os dias o básico e, muitas vezes, medíocre. É preciso muita energia e vontade para que Cannes não seja apenas uma semana de fantasia. Mas vale muito a pena tentar.