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Cannes Lions

20 A 24 DE JUNHO DE 2022

Demorou, mas o potencial criativo dos dados já virou certeza

Em 2017, além de três novas subcategorias sobre o tema, palestras e eventos prometem subir a barra do debate sobre essa convergência


9 de junho de 2017 - 11h07

Estamos em junho de 2017. Pode parecer difícil de acreditar, mas faz só três anos, ao final da edição 2014 do Cannes Lions, que os dados (ou data, para os íntimos, que hoje parecem ser muitos) começaram a ensaiar uma entrada pela porta da frente do principal festival de criatividade do mundo.

“Estamos conversando com as pessoas sobre se elas acreditam que há algo em data e analytics e customer insight que esteja construindo uma ponte para grandes ideias. A indústria está nos dizendo que esse é um elemento importante”, disse na época o então CEO do Cannes Lions, Philip Thomas. “A pergunta é: podem os dados impulsionar a criatividade?”, questionou ele. Dá pra imaginar a mesma indagação hoje em dia?

Em outubro daquele mesmo 2014, Mr. Thomas responderia sua própria pergunta, anunciando a categoria Creative Data Lions para 2015 como parte de um novo Lions Innovation de dois dias e afirmando que esse segmento da premiação iria “destacar como os dados e a tecnologia podem ser poderosos catalisadores para a criatividade”. De lá pra cá, a gente sabe que a conversa em cima disso só aumentou e se sofisticou, não só na Riviera Francesa mas em todo tipo de fórum do setor – no evento ProXXIma deste ano, por exemplo, era difícil encontrar um painel que não abordasse, ainda que tangencialmente, o tema. De volta ao Palais, nessas duas últimas edições vimos, sob a ótica dos Leões, muitos exemplos de como é possível usar os dados para potencializar a criatividade e, como consequência, os resultados, incluindo cinco trabalhos brasileiros premiados na nova categoria.

Para este ano temos a ótima notícia de que os dados ganharam ainda mais representatividade em Cannes, justamente na categoria que historicamente sempre teve neles a sua principal matéria prima e maior ferramenta para atingir objetivos estratégicos para os clientes: Direct Lions. Três novas subcategorias de Direct que estreiam em 2017, “Data Strategy”, “Data-driven Targeting” e “Use of Real-Time Data” mostram que as dúvidas daquele ano de 2014 parecem ter sido definitivamente sanadas.

E já que estamos entrando no clima para a edição 2017, e pra aumentar o FoMO (Fear of Missing Out) de alguém que, como eu, há mais ou menos 30 anos defende que o uso dos dados só tem a contribuir para a efetividade da criação, dois agrupamentos de palestras e eventos prometem subir ainda mais a barra do debate sobre a convergência entre dados e criatividade. Procure no resumo do programa por “New Tech” e “Data-driven Creativity”. É grande a chance de nos vermos por lá!

Um bom festival a todos e até o próximo post, já direto de Cannes.

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