9 de junho de 2017 - 10h53

Toda vez que me preparo para ir a Cannes, me preparo para ficar como estou na foto do perfil aí em cima. Sabe quando você se depara com algo simples e genial, algo capaz de mudar seu estado de espirito ou até emocionar um país, algo que resolve um problema real usando uma tecnologia virtual, algo que você não estava esperando e, de repente, te arranca um riso?

Então, com certeza, você fica parecido comigo nessa foto: com o inegável semblante de “Como não pensei nisso antes?”

Ok, é verdade que chegamos em Cannes tendo visto muitas coisas bacanas nas redes sociais da vida, muitos até já chegam arriscando palpites: “Isso é ouro”, “Aquilo não vai pegar nem gripe”, “Sério que você gosta disso?”. Mas #quemnunca foi pego de surpresa por um Dumb Ways To Die?

O mais incrível de Cannes é que, hoje, isso pode acontecer numa sala de projeção, num trabalho pendurado num painel, numa palestra, num case que te contam no corredor ou num app de uma start-up que você descobre numa palestra não muito badalada – geralmente, as melhores.

Existem muitos festivais de criatividade, mas poucos são tão completos e abrangentes quanto o que dá nome a este diário.

No fundo, essa semana tão esperada no mês de junho ainda é um Reboot, um Restart para a nossa indústria. E assim deve ser para nós também. Até porque se a ideia, o conceito, o design, a tecnologia, o pensamento, não gera na gente essa cara de “Como não pensei nisso antes?”, não é digno de Cannes, né.