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Cannes Lions

20 A 24 DE JUNHO DE 2022


9 de junho de 2017 - 11h03

Couilles. Palavra em francês que significa “coragem”. Ou melhor, bolas. Para mim, hoje ganha quem tem elas. Porque não basta só ser criativo, engraçado, relevante, digital… As grandes ideias precisam de gente com coragem.

Do momento que nasce uma ideia até a sua implementação final existe um verdadeiro abismo. Onde a maioria das ideias morrem, e se não morrem, perdem pernas, braços, até o coração. E se não tem ninguém para brigar por elas a cada etapa, elas nem sequer saem do papel.

Nós todos conhecemos os motivos: pesquisa, crise, vendas, as redes sociais! Aquele medinho que aflige a todos. É normal. Infelizmente para aqueles julgando na Riviera um motivo e uma desculpa são a mesma coisa. E as grandes ideias não pedem desculpas.

Cannes representa para mim mais do que um prêmio de criatividade. É um prêmio para quem pôs o seu na reta. Do time que pensou, do diretor de criação que aprovou, do atendimento que não levou outras ideias para agradar o cliente, e principalmente, acima de tudo, do anunciante que comprou. E ainda depois de aprovada, um prêmio para todos que continuaram brigando, mesmo depois de falarem que não dava, seja qual for o motivo. E não estou falando das ONGs que têm mesmo é que ser corajosas para chamar atenção. Estou falando das grandes marcas, que têm tudo a perder e mesmo assim toparam dar esse pulo do comum ao genial, sabendo que poderia ter dado muito errado. Isso sim é de se admirar.

Por isso, quando for avaliar as ideias esse ano em Cannes, e principalmente aquelas que dão inveja (e serão MUITAS!), pode se perguntar: eu teria coragem de ter feito essa ideia?

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